segunda-feira, 9 de junho de 2014

50 Tons de Cinza

de E.L. James (Editora Intrínseca)

O livro conta a história de Anastasia Steele, estudante de literatura, muito sensível e inocente. Para ajudar sua melhor amiga e colega de quarto, Kate que está doente, ela aceita entrevistar um bilionário empresário para  revista da faculdade. Ao chegar ao local é surpreendida por que ele não é um senhor de meia idade, mas sim um jovem incrivelmente belo.

Christian Grey, o entrevistado, parece interessado em Anastacia, mas como ela tem uma experiência quase nula no que diz respeito à homens. Eles se encontram mais algumas vezes a Ana passa a sentir uma atração inexplicável por Christian, que é uma pessoa muito fechada. Ele então mostra seu interesse e propõe um acordo: de que ela seja sua submissa.

Ana pensa na proposta por gostar dele, mas esconde o fato de nunca ter tido um namorado, e não ter experiência nos assuntos sexuais. Enquanto eles de envolvem e se aproximam cada vez mais, ela não consegue controlar os seus sentimentos. Christian esconde muitos segredos em sua personalidade obscura, e apesar de ser famoso e importante é inseguro de algumas formas. Ambos tem que enfrentar suas sensações conflitantes para fazer sua relação incomum dar certo.

Depois de ouvir todo o rebuliço ao redor deste livro, é óbvio que senti vontade de ler a história para entender por que o fascínio. E agora eu entendo. Anastasia é bonita sem se dar conta, e ingênua e introspectiva, apesar de muito inteligente e vivaz. Christian é absurdamente belo, rico e poderoso, gosta de sentir que tem controle sobre tudo, por causa de sua inseguranças. 

Preciso confessar que no começo da leitura dei razão a todas as críticas negativas que já li sobre 50 tons, que era um livro fraco, de personagens bobos e que só se mantém por uma dose cavalar de sexo. Eu concordo que as cenas de sexo estão em excesso na narrativa, e elas são frequentes, extensas, detalhadas e cheias de depravação. Se você é uma pessoa muito pudica vai odiar de cara.

O que é ruim, porque da metade para o fim o livro começa a ganhar tons de mistério, e a verdadeira surpresa se revela: a de que E.L. James é uma boa escritora. Qualquer pessoa que venda a quantidade  de livros que ela vendeu merece o respeito de ser lido antes de criticado. Acho feio comentar o que não foi lido e por isso tento não fazer isso.

Gostei do livro de muitas formas, como uma narrativa de história de amor, de sensualidade e descobrimento de personalidade. Acho a relação de Ana e Christian bizarra, mas gosto muito dos e-mails deles, em que são muito honestos e engraçados um com o outro. 

Li uma matéria em algum lugar que dizia que a autora começou a história de 50 Tons como uma Fanfic de Crepúsculo. Fiquei com isso na mente e comecei a notar as (muitas) semelhanças entre as duas séries durante a leitura. Quem já leu as duas vê que a comparação é fácil. Mas em certo momento vi que estava analisando demais, e me deixei levar pela leitura, o que aconteceu exatamente quando a história ficou boa.

O livro está sendo adaptado para o cinema por Sam Taylor-Wood, e nos papéis principais temos Jamie Dornan e Dakota Johnson. Segundo o que já foi divulgado, o longa deve ser mais romântico e erótico do que explícito. A estreia está prevista para fevereiro de 2015.

Acho que 50 Tons de Cinza é uma história sobre amor, e suas inúmeras barreiras. A primeira delas sendo a aceitação: aceitar seu parceiro como ele é, ou usar sua influência para mudá-lo como direcionamento da relação. Christian Grey é um personagem incrível, e também muito irreal no início, que depois se mostra uma pessoa que foi maltrada pela vida. Anastasia parece inerte e sem graça no começo, mas se mostra muito forte e resoluta em suas decisões. Eu curti, mas não garanto que todo mundo vai gostar, aos interessados uma dica: comece a leitura de mente aberta.

 

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