terça-feira, 15 de abril de 2014

Comentário de John Green sobre Crepúsculo causa polêmica

John Green, o autor de A Culpa é das Estrelas e diversos outros livros de gênero young adult, também é vlogueiro e possui uma grande audiência nas redes sociais das quais participa, principalmente no Twitter e no Tumblr. Recentemente, após passar por uma endoscopia, ele publicou uma série de tweets a respeito da saga Crepúsculo, de Stephenie Meyer, que causaram polêmica.

“Estou fazendo uma maratona dos filmes de Crepúsculo hoje o dia todo, o que está sendo bem divertido e estou pensando em como é fácil desunanizar o criador e os fãs de algo extremamente popular. Eu fiz isso, também. Eu fiz piadas a respeito dos filmes de Crepúsculo sem assisti-los antes. E peço desculpas por isso, e me sinto envergonhado. Quando fazemos piadas de Crepúsculo, estamos ridicularizando o entusiasmo que as pessoas têm por histórias de amor não irônicas. Não temos nada melhor para satirizar? Sim, podemos perceber dinâmicas de gêneros misóginas nas histórias, mas milhões de pessoas também provaram que é possível não prestar atenção nelas. Nós realmente acreditamos que essas milhões de pessoas que se sentiram confortadas e inspiradas por essas histórias estão simplesmente erradas? Nosso desdém não é AINDA MAIS misógino do que qualquer coisa nessas histórias? A arte que é divertida e útil é algo bom que temos nesse mundo. E sou grato por isso e o celebro. Então um grande abraço para o fandom de Twilight e para Stephenie Meyer, que foi completamente atacada profissionalmente e pessoalmente devido a Crepúsculo de maneira que autores masculinos de histórias de amor nunca foram. Vou continuar assistindo aos filmes agora.”, disse Green em seu Twitter.

Ainda que não tenha feito nenhuma apologia à misoginia, Green foi duramente criticado por ter tratado do tema levianamente e descartado a luta de várias mulheres e homens por uma literatura onde a personagem feminina não se desenvolve apenas em função dos desejos de um homem.

Em seu Tumblr, Green tentou explicar seu ponto de vista afirmando que sua maior crítica visava que obras de autores masculinos ganhassem tanta crítica a respeito de romances misógenos quanto as obras feministas e que existem dois tipos de críticas: “a crítica legítima que jornais literários e web sites feministas fazem sobre misoginia e a crítica ‘isso-é-ruim-porque-garotas-adolescentes-gostam-e-garotas-adolescentes-não-são-totalmente-humanas”.

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