sexta-feira, 7 de março de 2014

Bruxos e Bruxas

de James Patterson e Gabrielle Charbonnet (Editora Novo Conceito)

O livro conta a história dos irmãos Whit e Wisty Allgood. Ele tem 17 anos, é loiro, alto e forte, joga futebol pelo time da escola e tem um personalidade muito divertida. Wisty que tem 15 anos é ruiva, magrinha e é um pouco desconfiada. Ambos têm sua vida mudada em uma noite quando a Nova Ordem invade sua casa e os prende com acusações de bruxaria. De uma hora para a outra o governo foi substituído por este grupo totalitarista e ditatorial que instituiu novas leis, destruindo a sociedade como ela existia até então.

Whit e Wisty são levados para longe de seus pais e colocados em uma prisão para adolescentes infratores. Durante a prisão eles exibem um comportamento estranho colocando fogo nas coisas por causa da sua raiva, mas não conseguem explicar porque. São julgados e condenados sem direito a advogados ou apelações, e condenados à morte. Mas como a sentença não pode ser executada de imediato, eles são enviados para um tipo de hospital psiquiátrico transformado em cadeia a prova de magia.

Enquanto sofrem nas mãos dos enviados da Nova Ordem, os irmãos precisam descobrir como lidar com seus poderes, e ainda tentar descobrir como escapar deste local terrível antes que seu tempo termine. Eles recebem as ajudas mais surpreendentes, e neste caminho em que o mundo deixou de ser o mesmo, os dois também mudaram e precisam descobrir qual é o seu lugar nisso tudo.

A história é muito boa, o enredo é surpreendente e inovador, e o elemento fantástico foi usado de uma maneira nova, que é a magia que os dois irmãos tem, mas ainda não sabem dominar. O livro foi escrito em capítulos super curtinhos, de duas ou três páginas, e isso faz a história passar bem rápido, assim como o enredo em si, que tem muitas reviravoltas e surpresas. Nada neste livro é clichê, e isso sempre é reconfortante.

Cada capítulo é contado por um dos irmãos e no começo gostei da ideia, mas não sei se ela funcionou direito, por que ao longo da história não dá para diferenciar o capítulo por cada irmão, parece que é a mesma pessoa que está contando. Como são dois autores, imaginei que isso não seria um problema, não atrapalha a narrativa em si, mas poderia ter sido melhorado na minha opinião. Outra coisa é que a edição brasileira ficou linda, capa foi super caprichada com vários efeitos de textura e imagem.

Gostei muito da história, da distopia e do estado totalitarista, apesar de que a imagem real e geral de como as cidades e a sociedade está sejam um pouco superficiais. Os personagens são bons, e os irmãos são muito engraçados e divertidos, seus pensamentos são hilários, e lembram o que um de nós pensaria em determinada situação, por isso é fácil se relacionar com eles. Também é bom ver como Whit e Wisty amadurecem ao longo do livro. Eles começam bem infantis, e terminam mais sérios e endurecidos pela situação. Espero ler logo a continuação para saber o que acontecerá com eles e como vão tentar deter Nova Ordem.

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